terça-feira, janeiro 30, 2007
lisboa à noite
segunda-feira, janeiro 29, 2007
romantic lessons (parte 1)
Às vezes ele vem, com aquele ar peculiar que não poderia auferir a ninguém, ninguém mais. Queria que ficasse, mas quem ousaria dizê-lo? Isso não acontece, apesar de tudo na vida ser da forma mais inesperada possível.
Alguém chega aqui no alto da minha montanha, desta vez localizada no primeiro andar, como se fosse fácil, como se não precisasse se apresentar antes, como se todas as coisas fossem meramente dispensáveis. Acabo gostando, porque foge do meu controle e, dentro do meu país, nada tem esse aspecto.
Só você, só você, só você.
Assim pálido, assim cálido, assim distante, bem assim, daquele jeito que destesto, e, mesmo assim, quero tanto. assim é.
sexta-feira, janeiro 26, 2007
summertime
*benessere: bem estar.
quinta-feira, janeiro 18, 2007
original message
que você não quis
e querer é coisa tão pequena
que só não sou você por um triz
marcelo camelo
quarta-feira, janeiro 17, 2007
utilidade pública
1) põe-se as galinhas no caminhão rumo ao abate;
2) chegando lá elas são penduradas ainda vivas pelos pés;
3) levam uma ducha gelada para ficarem inertes;
4) têm seus pescoços cortados, cujo sangue escorre para uma espécie de caldeira;
5) vão pra sessão de 'empacotamento', o resultado disso é aquele produto bonito que encontramos nos supermercados, longe de nos causar alusão ao animal vivo;
6) o que sobra da etapa 5 - leia-se, vísceras, cabeça, pés e PENAS -, vai para triturador, onde é adicionado o SANGUE coletado na etapa 4;
7) conservantes, temperos, corantes, antioxidantes depois... e você tem a sua salsicha de frango, bem tradicional e com aquele sabor irresistível.
que tal um cachorro quente agora? até abriu meu apetite.
fonte: um ex-funcionário da sofrango.
2: uma esfera.
1: com o que dentro?
2: vírus, bactérias, alguns animais, desordem, preconceito e humanos...
1: jogue-a fora, então!
2: não posso.
1: porquê?
2: estamos inseridos nela, só que transcendemos a matéria por instantes, já já voltamos ao caos.
1: jogue-a, jogue-a! não há mais nada a perder, não há porque voltar.
2: tem razão, não há.
BIG BANG.
domingo, janeiro 14, 2007
re(edição)
cambia le parole,
come vuoi tu.
nessuno in piu,
come mai,
come te,
nessuno mai.
quinta-feira, janeiro 11, 2007
tudo pode ser, nada vai acontecer
Será que o fato de não acreditar, já é acreditar em algo que não se quer acreditar? Assim como afirmar que não existe uma verdade absoluta, quando o fato de afirmar já é uma vertente da verdade? Incerteza. Não acredito em bruxas, nem em benevolência gratuita, não acredito no amor também – ainda mais se vier combinado com palavras que me remetem ao infinito tipo incondicional ou eterno -, não acredito na lógica, não acredito na mágoa, nem na beleza forçada que aspira o sublime, não acredito na arte descompromissada, não acredito em filmes, nem nos livros eu acredito, também não acredito na sociedade eternamente passiva em seu sistema furtivo, não acredito na fauna e seu instinto ‘nascosto’, não acredito na plenitude da alma, nem na existência de além-seres – somos tudo em que podemos acreditar dentro do nosso próprio universo, randômico, linear, segmentado, que seja -, não acredito em milagre, nem no milagre da vida, nem na grandiosidade do caos, não acredito no futuro e questiono o passado, não acredito em nada não, e ainda duvido da fé.
*nascosto: algo que está escondido dentro do ser, uma vontade latente do inconsciente que por algum motivo é podada quando chega às margens da consciência, podendo ser liberada instintivamente ou por um lapso, ou por uma atitude irracional em momento crítico.