Sou conta best sellers, assumo. Ontem lia a paródia sensacionalista do cotidiano que alguns ousam intitular "jornal", e não, não é de se espantar que o top of the pop dos léxicos nas últimas 2 semanas é o "diário" de uma singela garota de programa que dormiu com 5 mil homens, em 5 anos. Veja a antagonia, namorar uma prostituta ninguém quer, mas ler sobre suas aventuras vira hobby nacional. Me preocupa, a mass media me preocupa, qual o futuro disso? não, não é privilégio do Brasil, há uns 3 anos uma garotinha italiana, se não me engano de 15 anos, escreveu "100 escovadas antes de ir pra cama" detalhando suas aventuras também, beirando o pornô-grotesco. A vida fácil é hype, dá fama, dinheiro e ainda deixa os menos providos de cérebro admirados com tamanha "coragem". Coragem? oras... coragem é acordar 3 horas da manhã, carregar uma sacola enorme cheia de quinquilharias por quilômetros e quilômetros até chegar à praia, para tentar vender à algum turista com um pingo de sensibilidade. Prostituição pode ser o que for, menos uma coisa para se aplaudir.
Minha apreensão é de caráter global, como diria platão, "a coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento". então, o que se faz com esse tipo de leitura? voyerismo frívolo sem aproveitamento de causa. Um dia pegarei as poucas coisas que me são peculiares, colocarei dentro de uma mochila e irei pra Vermont. Lá é o paraíso que me foi permitido escolher. E deixarei esse navio chamado cultura de massa afundar, mas não me levará não.
east orange-vermont
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