a eterna busca pelo insólito, querer e não poder - ou no meu caso, não saber. queria mesmo um par para dia de chuva, ou frio. seria mais confortável para ir ao cinema, jantares nada solenes ou ficar em casa mesmo. na ocasião da ausência, permitir-me-ei o direito de estar vendada, não quero e não faço questão de ver. ver o que mesmo? se nada é real e o irreal é num tom tão cítrico que dói os olhos. deixe-me cá, no grande sossego de mim mesma. poupe-me do aborrecimento, já que o tédio é inerente ao meu ser. mas que falta de ânimo, falta de sossego. pelo menos gosto de chuva, e nesses dias me apaixono perdidamente por estranhos, faço planos de 5 segundos e eles se desintegram com a mesma velocidade. precisava de um par, seria tudo muito mais fácil, talvez um par de meias fosse ideal. talvez. talvez eu voltasse a girar em simbiose com a terra na cadeia do tempo, num movimento articulado exemplar, que faria inveja a qualquer bailarina, aliás, uma coisa que eu nunca quis ser.
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