Nunca me liguei muito nesse negócio de signos e comportamentos pertinentes a eles, mas hoje – culparei o ócio, obviamente – caí na tentação de catar algo que me faça acreditar que sou assim por alguma força que vai muito além de mim, e das mediocridades que me construíram até então.
Vamos lá, resumo do signo mais chato do zodíaco. Não sou hipocondríaca como a maioria, tenho mania de organização – podia botar tudo em caixas e caixas dentro de caixas etiquetadas e separadas por cor e tamanho, ainda assim acharia extremamente funcional –, faço pouco caso das coisas, como se tudo fosse banal e só o que eu falo/sinto fosse importante, não me envolvo – há aqui um paradoxo entre querer e se permitir –, sistemática, maníaca por limpeza – tanto minha como dos outros, cidades, casas, objetos... –, analiso tudo, critico, pelo menos não dou valor à perfeição – sei que ela não só não existe, como é abominável –, como os demais colegas que dividem o ‘prazer’ de possuir o mesmo signo.
Sou chata beirando o insuportável, mas a gente só enxerga o óbvio quando esbarra num semelhante, e é como se levasse uma tapa na cara. Cadê as palavras? Cadê a funcionalidade? Cadê a ordem? Nada disso é relevante quando se está competindo de igual pra igual, estaca zero e vamos trabalhar porque não é fácil não, ah mas não é mesmo.
- Garçom, dose dupla de paciência, por favor.
- ah, e não pare de servir. Obrigada.
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