Pessoas andam nas ruas opacas, se falam com alguma cordialidade, mas sempre mantendo uma distância, como se tudo pudesse remeter à um pensamento escondido na última gaveta da memória. Guardam tudo a 7 chaves, se guardam a 7 chaves, questionam demais e agem de menos, não há reciclagem. A vida torna-se então uma pilha de entulho segmentado.
Fotos cortadas e trancadas em baús de antiquário, lacradas com cadeado, dono de uma chave enferrujada. Seres agem como se pudessem controlar o passado, abstraindo o presente e inviabilizando o futuro. Como se existisse algum culpado pela escolha de uma bifurcação, quando há na melhor das hipóteses, um cúmplice.
quarta-feira, dezembro 20, 2006
existe uma cidade...
Existe uma cidade chamada saudade, onírica, obviamente. Caracterizada por ser negligenciada a todo custo pela população, é uma cidade monocromática, com ares retrô e algumas rosas vermelhas. Uma cidade que vive do passado – passado este que prefere não ser lembrado.
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