sexta-feira, dezembro 01, 2006

lilac

Nuvem de algodão flutuando num céu de ametista, assim sólido, assim lúdico. Pessoas coloridas de acordo com a índole, lembro que eu era lilás, tal qual o céu que insistia em admirar - brilhante, plácido. Não vi miséria nem sujeira, e tudo era assustadoramente organizado. Os carros não possuíam rodas e nada fazia barulho, paz. Tudo estava interligado, uma coisa na outra, o outro no outro, aquilo no tudo, simbiose. Era tudo, era lindo, e as pessoas pareciam assustadoramente felizes dentro daquela pedra-cidade ou cidade de pedra, absolutamente onírica, demasiadamente inumana.

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