segunda-feira, novembro 20, 2006
liquid
muita coisa, muita coisa junta e isso só pode dar em nada. e é o que geralmente acontece, um fim de semana após o outro, um dia após o outro, um ano após o outro, o outro após o outro. não há escapatória, é isso aqui e ponto. vida líquida, com tudo que a palavra tem direito. usar pessoas é válido? e ser usado faz parte da liquidez? faz, tudo faz parte e estamos todos lá, disponíveis e invariavelmente vulneráveis, mas há tantas máscaras nisso como na pluralidade de uma metrópole. as cidades e os mortos, os mortos viventes que esbarramos por aí, apáticos, com aquele tenebroso ar blasé que eu também possuo, cheios de histórias velhas pra contar - de um mundo meticulosamente inventado -, eu inventei o meu e excluí os estranhos, os meus estranhos, sem nenhuma chispa de arrependimento. já que é líquido mesmo, que deixe fluir.
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