sábado, setembro 30, 2006
sexta-feira, setembro 29, 2006
quinta-feira, setembro 28, 2006
náusea
quarta-feira, setembro 27, 2006
à flor da pele
terça-feira, setembro 26, 2006
segunda-feira, setembro 25, 2006
cold cold water
>>os dias frios - nublados e chuvosos - são os meus preferidos, com sabor de torta de chocolate, suspiro e leite condensado. deixo transparecer minha sensibilidade, às vezes. como qualquer ser que respira e ama. vontade de estar no common ground, agora. consigo sentir o cheiro do chá de maçã, acompanhado daquela sensação de estar dentro de uma árvore, o local exalava um romantismo inexplicável, fiz meu último jantar lá, antes de ir pra nunca mais voltar.
why don't you share them with me?
and if dreams don't come true
i'll make sure that you're nightmares
are through
if you got pain in your heart
why don't you share it with me?
and we'll just wait and see
if it's happened what it used to be
and lay it down slow
lay it down free
lay it down easy
but lay it on me
if you've got love in your heart
why don't you keep it with mine?
i can't promise a miracle
but i'll always be trying
(lay it down slow)
sexta-feira, setembro 22, 2006
a estação
algumas passam pela estação diariamente, e criam uma espécie de vínculo afetivo só porque faz parte de um cotidiano, não existe brilho nessa relação porque o tempo desbota os prazeres do que já não é novidade. outras estão sempre correndo, apressadas para não perder o trem - que não espera-, nem o rumo, não levam, nem deixam nada na estação - que se torna transparente-, é só um ponto, nada mais. outras freqüentam a estação por um tempo pré-estipulado, observam, confessam que até ficariam ali, cujo brilho ainda é intenso, mas não, estão só de passagem - carregam consigo a lembraça da estação e seu esplendor (ainda que imaginário), sempre deixam algum vínculo, com um pretexto insconsciente de um dia retornar àquele cenário, que nunca seria igual. e a estação, afinal? apesar de ser a mesma, e de todos os dias parecerem infinitos segmentos, um difere do outro (assim falou heráclito), ao fim, abstrai o vazio que é nunca chegar nem partir, só estar. ponto de transição. talvez saiba que essa seja sua função, e pode até ser que no fundo busque isso mesmo, não foi construída para ser o sujeito, sempre a ilustração de algumas histórias. assim foi. amanheceu. quantas pessoas passarão, quantas farão diferença e quantos trens partirão até o pôr do sol?
quinta-feira, setembro 21, 2006
marketing pessoal
fighting against me
não sei explicar, talvez nem possa, não há perdão, fui incapaz de me controlar, os meios não facilitaram, mas os atenuantes não me eximem da culpa. sou um ser cuja carne é fraca, e não me orgulho disso.
PEA- animais para consumo
quarta-feira, setembro 20, 2006
passos cálidos
Ela estava perdida, imersa em uma floresta escura, sem saber qual direção seguir, pois olhando ao redor, todos os caminhos eram igualmente confusos. Chamava por ele, como se o grito erradicasse todo o medo que sentia ao encontrar-se ali, sozinha, sem rumo, e sem idéias. Ele não ia aparecer – e ela sabia –, nem ao menos sabia onde se encontrava, talvez não fizesse questão, ou ainda não achasse que nada incomum estaria acontecendo. Chorava, porque o choro é companheiro do desespero, mas sabia que chorando não se acha saídas, e a situação exigia uma. De repente até clamou para que um milagre acontecesse, colocou à prova a existência de um além-ser. Nada. Tudo no mesmo lugar. Acostumou-se então com a floresta, que tomou ares tão familiares quanto sua casa – uma que outrora teve. Desacreditou na benevolência, e na ausência de máscaras. Tudo pegava fogo, e o mais engraçado – se é que pode denominar assim – é que era fruto de suas lágrimas incandescentes. Culpada, agora. Brasas ao redor por um ato falho. Não soube se encontrar. Talvez não se importasse. Achava que não suportaria a realidade fora da floresta, sem controle, entregue às agruras, sem pormenores. E neste momento, depois de tudo, do medo, da angústia, da sensação de vazio, da falta de perspectivas, ele apareceu. Por um minuto a floresta desapareceu e virou um lindo jardim, claro e organizado. Esperou tudo, queria tudo. A vida encheu-se de luz e alegria. Por um minuto. Pois sabia que na realidade – aquela que arrasa ilusões – ele só podia dar-lhe uma lanterna. E a floresta continuaria a mesma.
terça-feira, setembro 19, 2006
giramundo
uma coisa que considero importante é reconhecer os passos falsos, retroceder - não involuir - tentar refazer ações e falas, em prol de um entendimento pacifico. hoje percebi isso, o tempo é indelével -fato-, mas algumas pessoas, por mais que as circunstâncias mudem, por mais que os sentimentos passem dos ponteiros do relógio e acabem dando um nó parando o mecanismo, por tudo o mais, alguns ainda mantem a essência, certifico-me de que não há tempo perdido, existem pessoas perdidas. encontrar-se é díficil. reencontrar-se é indescritível, ainda que em um contexto completamente antagônico. no final, os que compreenderam e os que não, unem-se e aplaudem, quase sempre de pé, porque afinal de contas, tudo é um espetáculo, com toques de realidade, mas sempre muito articulado.
segunda-feira, setembro 18, 2006
spotless mind
-Querer esquecer ou esquecer só por não ter coragem de conviver com a lembrança?
não é preciso dizer que, em ambos os casos torna-se impossível esquivar da realidade, se lembramos, é porque de fato foi importante, e se queremos esquecer, é porque de fato, incomoda. não suportar uma realidade é usual e paralelamente inquietante. querer esquecer é algo que não depende de nós, simplesmente acontece, como tudo. bem linear e cíclico. a vida é segmentada e gira em torno de memórias, agradáveis ou nem tanto. o grande lance é aprender a conviver com a nostalgia de um momento não esquecido, já que somos impassíveis de uma atitude deletéria. não se pode apagar algo que esta arraigado em todos os ligamentos cerebrais, digo cerebrais como um além-algo, que não abarca exatamente o órgão em sua condição física. e mesmo que isso fosse possível, algum dia, creio que não funcionaria, posto que não se esquece um conjunto de fatos que de uma certa forma, montou um contexto singular, não se desconstrói alguém, não se apaga uma história com um simples pulsar de teclas, não seria simples assim, nem justo. nossos passos somos nós quem traçamos, a cada dia, dando o tom que nos soar melhor, apagar seria negliegenciar possíveis erros, ou não nos permitir recordá-los, e tudo o mais que faz parte de um eterno aprendizado, que mantém o eterno brilho, proveniente de uma mente com lembranças.
sexta-feira, setembro 15, 2006
"...whatever makes you happy, whatever you want... you're so... i wish i was... she's running out the door, she run run run..." (devidamente alterado)
>> vídeo do lodger (que eu particularmente admiro), talvez condiga com o que vi. com o que não deveria, mas de fato é. maktoob.
quinta-feira, setembro 14, 2006
quarta-feira, setembro 13, 2006
big big bang shot shot
Às vezes sinto tanta saudade, saudade de um tempo que não vivi, que talvez nem exista, saudade de seres inventados, saudade de cheiros que eu nunca senti e lugares que nunca estive. Sinto como se realmente não fosse daqui. Ou que não pertencesse a esse lugar, a essa mesquinharia do cotidiano, a falta de polidez humana e poesia que abarca essa viagem à margem da terra. Poder não existir, não se entregar, não sentir falta. Me distancio porque não me sinto à vontade, como se fosse uma eterna visita, prestes a ir-se. A intimidade é corrosiva, e quando não nos resta mais nada, vem a solidão, como um golpe arbitrariamente rasteiro, arrebatador. Golpe final. Não sou capaz de descrever a alegria que não vivo, como se não fosse merecedora, talvez não seja, são outras leis que regem o fadado e temido destino, outros valores não tão metafísicos. Não posso contar com um ser abstrato. Loucura segmentada para passos artificialmente calculados. Não posso dizer, não iria entender. Não posso dizer, porque também não sou passível de explicação. Só sei que vida é saudade, e saudade é algo que eu carrego como fantasia distante, que com o tempo – senhor e dono de tudo – está fadada a desaparecer. Quer me seguir ainda que sem planos? Faremos nossa história a cada dia, reinventaremos as memórias, falta muito, nem alicerce temos. Vamos, segure minha mão, já conheço o caminho, tem algumas armadilhas, não sucumba. Pode desistir se quiser, não cairei, seguirei só, se assim o destino escolher, com aquela caixinha de sentimentos ora guardada, ora acessível, que eu tanto estimo e que mesmo sem saber, encontra-se em seu poder, enquanto durar, ou até descolorir.
terça-feira, setembro 12, 2006
romance à on the road
once upon a time in usa...
me lembro de já tê-los conhecido juntos, de fato nunca deve ter havido um passado que os separasse, eram utopicamente yin e yang – coisa que até então, eu admirava -, ela estava em vias de sair de casa e ele, bem ele... ele já estava na rua havia um tempo... acostumou-se com aquele ambiente e a tratava – ela, a rua -, como se de fato sua casa fosse, tamanha a familiaridade. Tinham um “quê” de Dolls, o filme, mas não pensavam na mendicância como forma de sobrevivência. Ela não tinha problemas em dizer que seria stripper em alguma boate de estrada sem glamour – caso precisasse-, e assim resolveria momentaneamente a questão financeira, estava decidida. Ele nunca se opôs a nada, sentia como se ele a tivesse num patamar sobrehumano, mesmo sendo de um vazio dantesco, ou um universo à parte, o qual não me cabia compreender. Era tudo tão simples e sincero, que até eu – desprovida de sentimentos e sensações tidas como clichês – entrei nessa viagem, não de fato, mas cheguei a divagar várias vezes... dois amantes, numa viagem lúdica ao redor dos eua, sem metas, na bagagem somente esperança e amor. E estariam completos. Talvez fossem, nunca saberei dizer, pois impressões são falhas, de repente até eram perfeitos, ao seu modo anacrônico e empírico. Carregavam o estigma de que a vida é só essa e dela não sairemos vivos. Ao mesmo tempo que é muito poético, torna-se trágico. Com conseqüências. Perdemos o contato quando voltei pra casa. Lembro que exalavam uma atmosfera mágica juntos, posso afirmar com um tom de certeza mais incisivo.
De certo não leram on the road, não eram muito de leituras, se bem me recordo. Pois deviam, ao meu ver, todos sabemos que esse tipo de romance é tão fulgás quanto uma viagem de férias, uma viagem que pode até durar alguns anos, mas há aquela certeza inerente de que uma hora, devemos retornar à um posto fixo, que eu intitulo de casa – mas não precisa ser tão cartesiano quanto a etimologia da palavra, enfim...
Presumo que tenham esquecido, ou pretendido não lembrar que, no final todas aquelas cores descolorem, juntamente com o amor eterno e a esperança incansável. Carpe diem é grandioso, mas em teoria. Precisamos de alicerces, todos. Ou corremos o risco de terminarmos como jack, o kerouac, escrevendo histórias cheias de emoção e rebeldia - de um momento em que a sanidade era tida como frívola e que sentir-se livre era condição de existência-, talvez como escape para um fim de vida que ele, como todo o resto, não havia previsto.
segunda-feira, setembro 11, 2006
quarta-feira, setembro 06, 2006
vanilla sky
assistia ao filme ontem, não é o melhor filme que eu já vi, mas incomoda, incomoda a fusão do onírico com a realidade, nunca se sabe em qual se está imerso. aqui ou lá? ou em nenhum lugar?
um amor maior do mundo, um sentimento que promove a teoria do caos interno. sempre ele. sempre caos. nem sempre interno.
não consigo ser crédula de que esta realidade é a verdadeira, no fundo todos somos bem livres, tal qual em sonho. o que dificulta a atuação é que ser livre torna-se deveras trabalhoso, abarca todas as coisas com as quais talvez lúcido, não se possa lidar. opta-se por não ser real, então. e a essência está perdida. a inocência também. e a beleza da vida, o prazer de um pôr-so-sol, ou um simples cantar dos pássaros numa manhã nublada, perdeu o sentido e procede a simples existência, em prol da sublime. onde foi parar? eu vislumbro que estão todas num perto, que nem com lupa deixa de ser distante, há sempre um interlúdio no ar, sabe-se o teórico, o núcleo falta. e as entrelinhas estão todas guardadas lá, com aquela chave de ouro que só se encontra atrás do arco-íris, mais especificamente, sob o céu de monet.
terça-feira, setembro 05, 2006
os tons do motel
segunda-feira, setembro 04, 2006
“...Uma porta fechada, qualquer coisa me espreita, atrás. Ela não se abrirá se eu não me mexer. Não mexer. Jamais. Parar o tempo e a vida. Mas eu sei que mexerei. A porta se abrirá lentamente e eu verei o que tem detrás. É o futuro. A porta do futuro vai se abrir. Lentamente. Implacavelmente. Estou no limiar. Só existe esta porta e o que espreita atrás dela. Tenho medo. E não posso chamar ninguém por socorro.
Tenho medo.”
sábado, setembro 02, 2006
sexta-feira, setembro 01, 2006
8:30 da manhã, o dia está só começando, escaldante. um inferno tropical. repleto de animais tropicais.
uma singela opinião sobre o trato que deviam ter os assassinos cruéis na nossa sociedade. matou por motivo torpe+de forma cruel+sem chance de defesa= morte. nada de ficar sustentando esses tipos na cadeia, deviam ser fuzilados em rede nacional, de preferência no horário "nobre", que é pra dar aquele "plus" de sensacionalismo à mídia, que tanto o preza. aconteceria mais meia dúzia de vezes, e depois cessaria. e é tudo muito simples, todos, até os menos providos de sentimento vulgo humano, tem medo da morte, principalmente quando ela passa a ser conseqüência do próprio ato. e pronto, manda essa tralha toda pro batuque de lá, porque aqui já tem estorvo em demasia.
minha nossa. hoje estou a tirania em pessoa. me assusto. não mais que 5 segundos.