ontem comecei a assistir Nascidos em Bordéis, é um filme denso, e em meio a um diálogo de um garotinho que no máximo teria 10 anos, dizendo que, para alegrá-lo, a mãe sempre dizia que ele iria estudar em londres, e ele - nao qualidade de criança, mas não de ignorante perante à realidade - replicou às câmeras "mal temos dinheiro pra viver, quanto mais para estudar". e nesse momento eu ouvi gente rindo na sala. RINDO. dantesco isso, tenho vergonha, vergonha de um povo (porque aquela sala é somente o reflexo daqui de fora) que se acostumou a ver a desgraça alheia- acostumou porque é um fato distante, ou meramente ficcional, da realidade vivida. logo eu, que sou contra planos e realmente não os considero como parte crucial na minha vida, logo eu, chego a cogitar a hipótese de que está tudo predestinado - calculado nos mínimos detalhes por um além-ser-, desde o fatídico dia do nascimento, e que não há nada a ser feito, tudo foi previamente aceito e assinado, e as divergências grotescas estão lá também, escritas em letras pequenas, no rodapé do contrato.
"...whatever makes you happy, whatever you want... you're so... i wish i was... she's running out the door, she run run run..." (devidamente alterado)
>> vídeo do lodger (que eu particularmente admiro), talvez condiga com o que vi. com o que não deveria, mas de fato é. maktoob.
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