sob o céu de monet,
assistia ao filme ontem, não é o melhor filme que eu já vi, mas incomoda, incomoda a fusão do onírico com a realidade, nunca se sabe em qual se está imerso. aqui ou lá? ou em nenhum lugar?
um amor maior do mundo, um sentimento que promove a teoria do caos interno. sempre ele. sempre caos. nem sempre interno.
não consigo ser crédula de que esta realidade é a verdadeira, no fundo todos somos bem livres, tal qual em sonho. o que dificulta a atuação é que ser livre torna-se deveras trabalhoso, abarca todas as coisas com as quais talvez lúcido, não se possa lidar. opta-se por não ser real, então. e a essência está perdida. a inocência também. e a beleza da vida, o prazer de um pôr-so-sol, ou um simples cantar dos pássaros numa manhã nublada, perdeu o sentido e procede a simples existência, em prol da sublime. onde foi parar? eu vislumbro que estão todas num perto, que nem com lupa deixa de ser distante, há sempre um interlúdio no ar, sabe-se o teórico, o núcleo falta. e as entrelinhas estão todas guardadas lá, com aquela chave de ouro que só se encontra atrás do arco-íris, mais especificamente, sob o céu de monet.
Um comentário:
Depois de ler este post tá difícil decidir se eu estou anestesiada demais pra abstrações desse tipo ou se você anda hermética demais. Arranque-me um riso, fazfavor.
(L)
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