sábado, dezembro 30, 2006

e se

e se o mundo fosse um teatro ao ar livre,
reservar-me-ia o direito de ser um adorno,
talvez uma árvore,
ou talvez uma das nuvens que vestem o céu,
mas nunca uma estrela,
dionisíaca, jamais apolínea,
música, o abstrato da alma,
o yang do tudo, a solitude do nada,
um amor desenhado nas paredes de uma casa em ruínas,
não-amor,
e se o mundo coubesse num quadro exposto ao ar livre,
e se eu coubesse no mundo,
e se o quadro mudasse,
e se o mundo existisse.


>>a respeito do episódio de hoje:
não haverá paz enquanto tiver quem aplauda a guerra.
gandhi dizia que a lei de talião só deixaria o mundo cego e sem dentes, acho que só eu ouvi. aqui se faz, nem sempre se paga.

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