quarta-feira, agosto 30, 2006

é festa!

na busca pela inspiração para um post mais denso, abro a página do jornal e vejo a seguinte manchete: MODA É SER FASHION ATÉ NA MORTE. (gargalho silenciosamente). Tomada por uma curiosidade animalesca e sensacionalista, fui ler a matéria. Móveis fúnebres assinados por grifes famosas, com cores da moda, alças retráteis, seda e frufrus à gosto do cliente. Móveis de casa que viram caixões - uma questão de precaução né? nunca se sabe quando a vontade de morrer bate à sua porta. Estejam preparados, maquiados, bem vestidos... e ainda nem falei a melhor parte! esses mimos possuem uma tela com um tipo de sensor que, a cada vez que alguém se aproxima, passa um vídeo do falecido nos tempos áureos. Não é DEMAIS? é demais mesmo, demais pro meu gosto - o mínimo de bom senso, por favor -, não obstante o fato de levarem a vida num eterno escárnio, querem transformar a morte numa grande celebração, com direito a plumas, paetês, orquestra, imagens e buffet. A morte passa de sujeito à predicado, não é mais o assunto inicial, mas o que importa? o velório foi chiquérrimo, todos com seus tailleurs chanel e smokings armani, dando os pêsames a quem mesmo? ah, é relevante, mas o caixão era o último grito na questão do design. Só esquecem que não importa quão cinematográfico tenha sido, pro padedê de lá, não se leva nada.



2 comentários:

Chata disse...

o primeiro passo à caminho da barbárie. eu digo e repito, a revolução não é televisionadaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, abaixo a tv, viva a escola e a família.
hahaahahahaahahahaha
que romântico.
a propósito tenho horror à caixão, me remetem aos meus sonhos de morte falsa. me queimem por favor! quando eu morrer, óbvio.

Chata disse...

OPA
novidades no afonicafenix
=***