segunda-feira, setembro 18, 2006

spotless mind

a mente é mesmo um labirinto indefinível, e "eternal sunshine" retrata exatamente isso, que exporadicamente gostaríamos de poder ser senhores e donos da nossa própria história, indo e vindo como nos fosse mais conveniente.
-Querer esquecer ou esquecer só por não ter coragem de conviver com a lembrança?
não é preciso dizer que, em ambos os casos torna-se impossível esquivar da realidade, se lembramos, é porque de fato foi importante, e se queremos esquecer, é porque de fato, incomoda. não suportar uma realidade é usual e paralelamente inquietante. querer esquecer é algo que não depende de nós, simplesmente acontece, como tudo. bem linear e cíclico. a vida é segmentada e gira em torno de memórias, agradáveis ou nem tanto. o grande lance é aprender a conviver com a nostalgia de um momento não esquecido, já que somos impassíveis de uma atitude deletéria. não se pode apagar algo que esta arraigado em todos os ligamentos cerebrais, digo cerebrais como um além-algo, que não abarca exatamente o órgão em sua condição física. e mesmo que isso fosse possível, algum dia, creio que não funcionaria, posto que não se esquece um conjunto de fatos que de uma certa forma, montou um contexto singular, não se desconstrói alguém, não se apaga uma história com um simples pulsar de teclas, não seria simples assim, nem justo. nossos passos somos nós quem traçamos, a cada dia, dando o tom que nos soar melhor, apagar seria negliegenciar possíveis erros, ou não nos permitir recordá-los, e tudo o mais que faz parte de um eterno aprendizado, que mantém o eterno brilho, proveniente de uma mente com lembranças.


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